Um dos marcos do ideário republicano em Campinas é o Colégio Culto à Ciência, idealizado para ser um espaço do ensino laico, aberto a várias correntes educacionais. Na origem estão fazendeiros do café que participariam do movimento republicano e pertencentes à Loja Maçônica.
Participaram do esforço de criação do Culto à Ciência nomes como Cândido Ferreira da Silva Camargo (advogado e benemérito, vereador em 1873-76 e 1869-72, seria nome de um dos principais estabelecimentos em saúde mental no Brasil) e Manuel Ferraz de Campos Salles (vereador em 1873-76 e 1877-80, seria o segundo presidente civil do Brasil, entre 1898 e 1902). O nome, Culto à Ciência, era tributo à doutrina positivista de Augusto Comte, referência dos republicanos.
O início das atividades, no prédio em estilo neoclássico, foi a 12 de janeiro de 1874. Entre os seus professores esteve o escritor Coelho Netto, membro-fundador da Academia Brasileira de Letras, também um dos fundadores do Centro de Ciências, Letras e Artes. Entre seus alunos famosos, Alberto Santos Dumont. O Culto à Ciência deu asas para Campinas voar rumo a novos horizontes na política, na cultura, na criação.