Livros contam a história da Galvani, gigante da indústria química

Família Galvani (década de 30) - foto acervo Galvani

A imigração italiana no Brasil foi uma epopeia protagonizada por legiões de imigrantes que desembarcaram no país à procura de oportunidades de trabalho ou refúgio político. Em 1981, Fioravante Galvani era um desses anônimos imigrantes que havia adotado a nova pátria. Ele vinha de Ficarollo, localidade da província de Rovigo, na região de Vêneto, onde nascera em 1874. Tinha apenas 17 anos e sua chegada para trabalhar em propriedades rurais nos municípios de Mococa, em São Paulo e nas vizinhas Guaranésia e Arceburgo, em Minas Gerais, foi o início da trajetória do Grupo Galvani, conglomerado nacional que atua em toda a cadeia de fertilizantes fosfatados.

Publicado em 2009, nas comemorações dos 75 anos de aniversário do grupo, o livro GALVANI, 75 ANOS, de autoria de Paulo Cesar Nascimento, faz um minucioso resgate das memórias da empresa, cuja história tem início em 1934 no interior de São Paulo, com um negócio familiar de fabricação de bebidas depois de Fioravante ter aprendido o ofício de cervejeiro.

Rótulos das bebidas dos irmãos Galvani – foto acervo Galvani

No final da década de 1930, os produtos já eram bastante consumidos na região e surge a necessidade de transportar a própria produção, o que deu início a um novo negócio. A empresa passou então a levar produtos agrícolas para a cidade de São Paulo e Santos e, na volta, trazia cerveja, pneus, cimento, sal e adubo. Nas décadas de 1960 e 1970, a Galvani especializou-se no transporte e no manuseio de fertilizantes e, a partir de 1983, impulsionou seu crescimento com a implantação, em Paulínia (SP), de um dos maiores complexos industriais de produção de fertilizantes do Brasil.

Rodolfo Galvani Júnior, Rodolpho Galvani, Roberto Galvani e Ronaldo Galvani (1999) | Foto: Adriano Gambarini

O livro registra toda essa evolução do grupo desde os seus primórdios, por meio de imagens de época, documentos históricos e depoimentos de descendentes de Fioravante que assumiram a direção da companhia, bem como de funcionários que testemunharam os mais importantes momentos do vitorioso percurso da empresa.

Vista do Complexo Industrial de Paulínia (CIP) | Foto: Tomas May

Posteriormente, outra obra sobre a Galvani, de autoria de José Pedro Soares Martins e coautoria de Paulo Cesar Nascimento, debruçou-se sobre nova saga. Galvani: há 20 anos crescendo com o Oeste Baiano revela como o grupo constituiu um polo industrial, em 1992, em Luís Eduardo Magalhães (então Mimoso d´Oeste, distrito de Barreiras), no oeste da Bahia, enfrentando toda sorte de desafios.

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